CONSCIÊNCIA COMO MEIO DE CURA – PSICOBIOFÍSICA JUNGUIANA

11 de abril de 2018

O ser humano tem aproximadamente 50 trilhões de células, onde cada uma delas é uma unidade de consciência que acabou se especializando, vivendo e convivendo unida às outras células, para manter a integridade e harmonia das nossas dimensões do corpo, da alma, do espírito e da consciência – em grego: soma, psique, pneuma e nous respectivamente. Cada célula “sabe” o que fazer e reage continuamente aos estímulos físicos, químicos ou energéticos, podendo subverter e até modificar a informação genética que está nos seus núcleos, passando essas informações e modificações para a sua descendência. Um indivíduo saudável, do ponto de vista biológico, é aquele em que suas células estão em contínua interação cooperativa entre todos os organismos e o seu meio que está em contínua modificação. Atualmente, sabemos que os genes são responsáveis pela reprodução celular e funcionam apenas como um arquivo de memória das experiências aprendidas e que a consciência da célula não está neles, pois uma célula pode viver e funcionar normalmente após sua enucleação – retirada do seu núcleo e, conseqüentemente, dos seus genes.

Da mesma forma, nossa consciência não está circunscrita ao cérebro, que serve apenas para armazenar algumas informações diante da demanda evolutiva da vida, orquestrar nossas funções vitais e coordenar as informações que recebemos por meio dos nossos cinco sentidos e de toda gama de influencias subliminares, energéticas e sutis. Por isso que, apesar do espanto dos geneticistas, os seres humanos possuem apenas 1500 genes a mais do que muitos vermes ou insetos encontrados na natureza! Então, o que nos diferencia desses seres “inferiores” é a nossa complexidade celular que se relaciona eletromagneticamente entre si e com todo o seu entorno. Daí que vem a maior parte da informação e até formação humana! Por isso é necessário repensarmos o que estamos emanando para o nosso meio e aprendermos a evitar o contágio psíquico do meio para nós, principalmente neste mundo cada vez mais materialista, egoísta e competitivo.

Infelizmente a medicina contemporânea ainda não compreende que nossa comunidade celular se relaciona por sinais de energia eletromagnética que é 100 vezes mais eficiente dos que a dos elementos químicos, porque enquanto o eletromagnetismo viaja a 300 quilômetros por segundo a bioquímica viaja um centímetro por segundo. E, como nosso cérebro continuamente emana ondas eletromagnéticas, os padrões dos nossos pensamentos podem interferir em todo nosso organismo, muito mais rapidamente do que as substancias químicas. E, devido a todo progresso tecnológico, não podemos mais duvidar da velocidade e quantidade de informações que trafegam nas ondas eletromagnéticas dos nossos parelhos de telefonia celular ou computadores wirelles. Pena que nossos padrões de moralidade não estejam acompanhando esse mesmo progresso.

Desta forma quando temos a consciência da nossa consciência. Ou seja, das nossas crenças, mesmo as que estão no subconsciente, e dos nossos automatismos, poderemos mudar todo o padrão energético que nosso cérebro está emanando para nossas células e nosso entorno relacional. Com isso, da mesma forma que podemos produzir doenças ou ficarmos suscetíveis aos agentes agressores, por debilitarmos nosso sistema imunológico, também podemos encontrar a saúde e eliminar qualquer tipo de doença. Então, o conhecimento de si mesmo, aforismo hipocrático que está na base da medicina, de fato é a chave para a conquista da felicidade. Porém, essa não é tarefa fácil, pois somos aprisionados tanto nas crenças sociais, representadas pela persona coletiva, quanto pelos nossos complexos, que começam a ser programados desde a nossa concepção em função das temáticas psíquicas dos nossos pais. Então, para sairmos da inconsciência da nossa consciência é necessário um esforço razoável e, a meu ver, a psicoterapia junguiana, focada no processo de individuação, é uma das melhores ferramentas para se atingir esse estado de plenitude, liberdade e amor próprio para a conquista da integralidade. Porque o processo analítico vai lidar com todas as travas que nos colocam no automatismo e impedem as mudanças das nossas crenças, principalmente as crenças que temos de nós mesmos.

* WALDEMAR MAGALDI FILHO (www.waldemarmagaldi.com). Psicólogo, especialista em Psicologia Junguiana, Psicossomática e Homeopatia. Mestre e doutor em Ciências da Religião. Autor do livro: “Dinheiro, Saúde e Sagrado”, coordenador dos cursos de especialização em Psicologia Junguiana, Psicossomática, DAC – Dependências, abusos e compulsões, Arteterapia e Expressões Criativas e Formação Transdisciplinar em Educação e Saúde Espiritual do IJEP em parceria com a FACIS. wmagaldi@gmail.com


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